mixtape século XXI
Num momento em que o cd está com os pés prá cova e o povo quer é novas tecnologias, a saudosa cassete (K7, para o pessoal abreviante) já é uma peça de museu desconhecida das novas gerações. Com ela o mundo descobriu a fita magnética e a capacidade de individualizar ainda mais a experiência musical de cada um.
Tudo isto com a introdução da expressão "mixtape". Coisa linda, a mixtape. Num momento ouvíamos o "War Pigs" dos Black Sabbath para depois sermos envergonhadamente empurrados para o "Bicho" do Iran Costa. É certo que Hollywood ajudou a romantizar a mixtape em muitos filmes, mas caramba, uma pessoa só aguenta ver comédias românticas protagonizadas por algum galã dos anos 80 até certo ponto. De modo que com o final do lado A e do lado B, a herança passou para o cd, mas o sentimento nunca foi o mesmo. Sempre me pareceu que um cd gravado num computador não transmite grandes sentimentos, mas enfim.
Proponho então um regresso ao passado, mais precisamente ao Muxtape, um conceito marcado pela simplicidade e pelo minimalismo. Conta-se então que no Muxtape o povo tem a oportunidade de fazer uma mixtape de doze músicas para todo o mundo ver.
Mais simples não há, com três cliques apenas é possível fazer o upload de doze sons à escolha, sendo que também ficamos com acesso às playlists dos outros membros.
Agrada-me a limpeza visual e a simplicidade de todo o processo, numa iniciativa que consegue, no meu entender, capturar alguma da essência da cassete perdida na frieza do bite e dos zeros e uns.
Enquanto não criam a vossa muxtape, atentem alguns exemplos do trabalho de outra rapaziada.