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Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

31
Jul07

Pat Metheny e Brad Mehldau em Loulé

Pedro Guerreiro
Inserido no Festival Internacional de Jazz de Loulé, organizado pela Casa da Cultura de Loulé e com a grandiosa chancela do Allgarve, ontem no - salazarento - Monumento Engº Duarte Pacheco, Pat Metheny e Brad Mehldau!
Começaram a dois, Metheny na guitarra, Mehldau no piano, virtuosos, virtuosíssimos, duas três faixas, até chegarem Larry Greenadier e Jeff Ballard para o contra-baixo e a bateria e aí houve espectáculo! A bateria a marcar o ragtime jazzístico, o contra-baixo apurado e Metheny e Mehldau iguais a si próprios. Grande concerto.
Sob a chancela Allgarve - disposto em letras coloridas gigantes -, caraças.
As piadas de amigos, já na ressaca do concerto, consistiam em quem iria roubar um dos "L's" ao Allgarve. Até ver, ninguém ousou. Sacana do Pinho.
31
Jul07

fim da fita

Bruno Nunes

Primeiro foi Ingmar Bergman aos 89 anos.

Depois foi Michelangelo Antonioni aos 94 anos.
Ontem foi um mau dia para o cinema.
Manoel de Oliveira que se acautele.
É costumeiro dizer-se que o cinema está mais pobre.
O problema é que está a empobrecer a grande velocidade.

Adenda: dizem-me que a tirada relativa ao Mestre português é de mau gosto. Não era essa a intenção. Ainda assim, fica.
30
Jul07

extraordinário

Bruno Nunes

Alguém deu pela estreia da segunda temporada de Extras? Não?
Não devem ter sido os únicos. Pouca publicidade para uma série deste calibre, mas enfim.
Tal como a primeira, esta faz também parte do segmento Britcom ao domingo à noite na rtp2.
Para prosseguir com a saga de Andy Millman, o mestre Gervais convidou mais uma fornada de gente conhecida. Nesta temporada veremos Orlando Bloom, David Bowie, Daniel Radclife, Chris Martin, Sir Ian McKellen e Jonathan Ross, exactamente por esta ordem.
O primeiro episódio lança o tom para uma nova fase da vida de Andy. Mas será mesmo uma nova fase, ou o homem não sai da cepa torta? A não perder, deveras.
28
Jul07

Lil' John e "Gulbenkian"

Pedro Guerreiro
A propósito das comemorações dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, o produtor Lil' John (Buraka Som Sistema, 1-Week Project, Enchufada) vai apresentar uma peça de música de 45 minutos que reflita a sua perspectiva sobre a produção musical contemporânea. Lil' John vai basear o seu trabalho em sampling da Orquestra da Gulbenkian, cruzando a partir daí várias influências desde a música urbana como a electrónica. O produtor vai ser acompanhado pelo DJ Ride e por quatro músicos da Orquestra Gulbenkian: Maria Castro Albi, Jeremy Lake, Jorge Teixeira e Vasco Broco, que ultrapassadas as reticências iniciais, acederam ao arrojado convite.
Lil' John é dos mais conceituados produtores de música urbana em Portugal e o conceito não é ímpar, mas continua a ser de louvar. A música "eru-dita" tem uma aura de inatingibilidade que não se pretende, e a aproximação de estilos e a fusão é um excelente caminho. Até seria interessante, dentro do mesmo conceito, convidar vários produtores de música urbana a fundir e trabalhar sobre bases instrumentais cássicas. De cabeça, ocorrem-me Sam the Kid ou Kalaf, mas há muito talento a ser explorado, e muita música a precisar de ser ouvida.
27
Jul07

Prince do povo?

Bruno Nunes
Na edição desta semana do suplemento Ípsilon o jornalista Mário Lopes assina um artigo intitulado "Prince volta a atacar". Neste artigo é discutida a última irreverência do artista americano.
Acontece que Prince fugiu às garras da indústria discográfica, lançando o seu novo álbum "Planet Earth" gratuitamente com uma edição do tablóide inglês "Mail On Sunday", sem passar por qualquer editora. Três milhões de cd's cujo preço rondaria os 20 euros foram "oferecidos" ao povo pelo simples preço do periódico. Sim, leram bem, 3 milhões.
Ora os senhores da Sony BMG, com quem Prince tinha contrato não gostaram. Coitadinhos. Optaram por terminar o contrato com o artista, o que torna impossível encontrar o álbum em qualquer loja do Reino Unido.
Apoiado nos lucros dos concertos, Prince abdicou dos lucros de venda do disco, e mesmo assim sai a ganhar. A ganhar mesmo muito mais. Citando o artista: "Faço muito dinheiro na estrada. Ganho 300 mil dólares por noite." Isto tendo em conta que nesta recente operação de marketing apurou uns bonitos 370 mil euros e tem marcadas 21 datas em terras de sua majestade. Façam as contas.
Como disse, a editora não gostou do bonito gesto de Prince. E não gostou porquê? Simplesmente porque não ganhou nada com a operação. Zero, nicles batatóides.
Ora neste artigo do Ípsilon o jornalista Mário Lopes foi falar com Tozé Brito, director geral da Universal Music Portugal.
Podíamos esperar uma declaração sensata e ajuizada de Tozé Brito, mas os milagres não acontecem todos os dias. Numa atitude retrógrada e completamente cega face às mudanças constantes do mundo da música mundial, diz assim este senhor: O que o Prince fez não passa de uma chico espertice. Tem memória curta e está a dar cabo da carreira."
Para um tipo que tem Tozé como nome próprio, este senhor tem-se muito em conta.
Bem sei que a música de Prince não apela a toda a gente, mas o tipo merece ter todo o sucesso do mundo. São acções como esta que liberalizam o acesso global à cultura e beneficiam quem está farto de ser explorado pelas grandes corporações, ou seja, todos nós.
Esperemos que muitos lhe sigam o exemplo, porque o futuro da música terá que ser do povo e não de um grupo de senhores a quem só interessa o lucro.

update: O Courier Internacional dedica também duas páginas ao futuro da industria discográfica. Leiam aqui.
26
Jul07

Uma nova era II

Bruno Nunes

Porque demorou mais a despi-la do que outras. E porque soube honrá-la nos momentos em que a envergou. Os sonhos não caíram, apenas mudaram de campeonato.
Por enquanto há gente nas nuvens. Chamemos-lhes portadores de sonhos. Por enquanto.
25
Jul07

O Fado de Alberto Serra

Pedro Guerreiro
A reportagem de Alberto Serra que acaba de passar na RTP sobre o Fado constrói um imaginário sobre o Portugal real que não o reflecte. Alberto Serra pega em pessoas que trauteiam fados pelas suas vidas profissionais e que acabem em casas de fado, dando grande ênfase a um amor pela música.
Mas o fado, hoje, e eu sou bastante apreciador, tem um circuito igual a tantos outros. Portugal não faz do Fado a sua banda sonora. Os portugueses tanto cantam Amália como Ágata. Existem mais bailaricos do que noites de Fado.
Alberto Serra sabe - antes de fazer a reportagem - ao que vai, e o resultado é este. É um resultado legítimo, mas não real(ista). As casas de fado que são filmadas sequer atingem o efeito esperado. Um e outro ouvinte fecha os olhos, por prazer ou sono, escolha-se conforme o gosto.
O Fado é, hoje, banda sonora de uma minoria. Faço parte dela, por gosto.
A reportagem será inocente, ponto.

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