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Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

31
Jan08

La Mano de Diego...

Bruno Nunes

Chega um tipo a casa depois de uma tarde de futebolada com a rapaziada e dá de caras com a notícia choque de que o Maradona pediu desculpa aos ingleses pela "Mão de Deus".
Caraças pá, é coisa para estragar por completo o humor de uma pessoa. Então el Pibe, mestre da matreirice e da raça argentina vem agora, qual madalena arrependida dizer isto?: "Se pudesse desculpar-me, viajar atrás no tempo e mudar a história, não hesitaria."
Hoje, dia 31 de Janeiro de 2008 é um dia triste para o futebol mundial. O Diego Armando Maradona incómodo para a FIFA e para os senhores do futebol foi-se abaixo, ou então pediu férias  antes de responder às perguntas do periódico inglês The Sun.
Não obstante, continuo na dúvida se  Maradona terá mesmo proferido tais afirmações, muito por culpa da fraquinha reputação do The Sun  nos domínios da verdade. Espero sinceramente que  não tenha dito, ou se disse não estava na sua perfeita saúde mental, de certeza.
A "Mão de Deus", primeiro golo marcado contra a Inglaterra no Mundial 86 fez antever uma noite de glória para as hostes argentinas, uma noite de revanche, de explosão, de vingança mesmo. Apareceu antes do melhor golo de todos os tempos, mas disputam os dois por certo o lugar de golo mais marcante da história do futebol. Enquanto que  no segundo golo Maradona devastou sozinho a equipa britânica pondo no relvado a paixão, a magia e a arte futebolística do Mar del Plata , simbolizando o que de bom e bonito tem o futebol, o primeiro golo, a "Mão de Deus" serviu para humilhar os ingleses, retribuindo a humilhação sofrida pelo povo argentino  aquando da derrota na guerra das Malvinas.
Ambos são ainda hoje intragáveis  para o futebol inglês, não sendo de bom tom sequer mencionar a argentina  em qualquer estádio.
A "Mão de Deus" é o maior insulto de todos os tempos, um manguito maior que a humanidade, imagem do futebol de rua jogado pelo povo para o povo, um presente de Maradona para todos os sorrateiros idealistas e sonhadores. É futebol com sarcasmo. É futebol com ironia. É futebol
Não aceito o pedido de desculpas de Maradona. A "Mão de Deus" não me ofende, eu gosto de futebol.

"Ahora sí puedo contar lo que en aquel momento no podía, lo que en aquel momento definí como "La mano de Dios"... Qué mano de Dios, ¡fue la mano del Diego! Y fue como robarle la billetera a los ingleses también..."
Maradona (2000)
31
Jan08

What's Left, de Nick Cohen

Pedro Guerreiro

“What’s Left?” ou “O Que Resta da Esquerda?” – tradução que rouba todo o poder do trocadilho anglófono - do jornalista Nick Cohen, é um ensaio que visa, em fase última, mostrar que é possível ser-se de esquerda (no espectro político) e ser, por exemplo, conivente com a segunda Guerra do Iraque.

Nick Cohen esclarece, à partida: “É de esquerda.” Provém da velha esquerda, onde reconhece a ética, a moral como pertencente ao seu espectro político e boas convicções que vieram, para boa parte da mesma esquerda, a “legitimar catástrofes que não o deixaram de ser só porque provenientes da bem intencionada esquerda”.

Uma constante do esquerdismo vigente relaciona-se com o ódio ao presidente americano, que resulta em que todas as medidas políticas que envolvam Bush e os seus parceiros políticos sejam depreciadas, não porque sejam más políticas, mas porque sejam iniciativas de Bush.

Esta constante leva-nos à Guerra do Iraque. Todos vimos a Esquerda a "defender Saddam" e a condenar a Guerra provocada por Bush. Mas o que é facto é que, fossem as supostas premissas verdadeiras ou falsas, o fascista era Saddam Hussein e não George W. Bush.

E não é boa política para um esquerdista – menos ainda para todos os esquerdistas, salvo rara excepção - defender um fascismo, situação que reproduz a velha situação histórica de meados do século passado em que se uniram nazi-fascistas e comunistas soviéticos em aliança contra os democratas.

Nick Cohen tem vários méritos. O primeiro deles é reflectir sobre um espectro político que permanece profano para quem de direita e imaculado para quem de esquerda. Não é comum haver críticos da esquerda na própria esquerda, ou não fossem os maiores críticos da esquerda - e do comunismo em particular - de direita. Mérito também para o facto de, sendo crítico da esquerda, conseguir ter opiniões desassombradas e ímpares na esquerda a nível mundial, referindo, citando, invocando, sempre historicamente, as bases para a linha de pensamento que tem e que é, na esquerda, única.

30
Jan08

Zurras FM

Bruno Nunes
Para a primeira edição da Zurras FM de 2008 vamos até Coimbra para descobrir Sean Riley & The Slowriders. Trio de rapaziada talentosa, a banda é composta por Sean Riley (Afonso Rodrigues) e pelos Slowriders Bruno Simões e Filipe Costa (ex-Bunnyranch).
Estreantes enquanto banda no panorama musical português, Sean Riley & The Slowriders surpreendem pela qualidade e peculiaridade sonora apresentadas, o que os torna uma banda a ter em atenção no presente e no futuro.
O álbum de estreia, apelidado Farewell foi lançado discretamente em Outubro, passando despercebido a muito boa gente. Estivesse eu a par da sua edição e não teria hesitado em colocá-lo na lista dos melhores de 2007.
Numa interpretação bastante pessoal, situo o seu som algures entre The National e Jeff Buckley, mas também como herdeiros do folk/rock americano mais clássico. Não deixa de ser uma opinião pessoal, é certo, mas depois de ouvirem dêem-me a vossa, quer concordem ou não.
No myspace dos Sean Riley & The Slowriders ficamos também a saber que a Farewell Tour (no pun intended) tem início dia 31 de Janeiro, com concertos agendados para todo o país, para Espanha e quatro datas em Londres. Infelizmente não vêm tocar ao Algarve, pelo que fico à espera que alguém abra os ouvidos e os convide a vir tocar cá abaixo.
Na Zurras FM ficam então em rotação quatro temas do álbum de estreia dos Sean Riley & The Slowriders, Farewell.
30
Jan08

Top Gear - prego a fundo

Bruno Nunes

É costumeiro falar-se bastante de serviço público quando o tema é televisão. Todos têm a sua opinião sobre como deveria ser a televisão pública. Quem viu, mesmo que de relance, o programa A Voz do Cidadão apresentado pelo provedor Paquete de Oliveira sabe que os tipos que aparecem a dar opiniões são os mesmos que vêem as provas de hipismo no desporto 2 e gravam o Prós e Contras para rever depois e esmiuçar determinadas questões. No fundo, a opinião de tais indivíduos vale tanto quanto as notas de quinhentos escudos feitas pelo Alves dos Reis.

Venho falar-vos então daquele que é para mim o holy grail que qualquer qualquer director de programas deste mundo gostaria de ter, duma pérola subvalorizada por muitos ou completamente desconhecida para outros.
Top Gear de seu nome, existe desde mil nove e setenta e oito, mas a nós só nos interessa o pós-2002, ano de renovação, numa espécie de renascimento das cinzas.
Produto mal-amado da BBC, Top Gear é, para quem não sabe, um programa sobre carros. Para ser sincero, é muito mais do que carros. Os carros são apenas o ponto de partida para algo muito mais vasto e divertido.
Diversão é a palavra certa para descrever o Top Gear, até porque a coluna do programa se divide entre análise e testes de carros, talk show descontraído e sitcom. Não será uma sitcom convencional, mas o humor está seguramente mais presente aqui do que em muitas séries de comédia assumida.
Ainda que muitos dos momentos brilhantes sejam escritos ou preparados previamente, o programa vive também da espontaneidade de Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May, o trio de belíssimos apresentadores do Top Gear. Os temperamentos diferentes, as opiniões extremadas e a magnífica química entre estes três british gents são o sal e a pimenta do programa.
É certo que gostar de carros ajuda a apreciar o programa, mas mesmo quem não é particular apreciador de veículos motorizados saberá decantar os belos momentos que ajudaram a construir a reputação que o Top Gear ostenta hoje em dia.
Agora que a décima temporada terminou na BBC2, segue-se um hiato até aos meses de Verão, onde voltarão a existir mais aventuras de dimensão continental, mais testes de supercarros e quezílias entre a tríplice apresentadora, assim como a destruição em massa de diversas carrinhas, caravanas e atrelados de qualquer estirpe.
Em Portugal, deduzo que a série seja transmitida no canal de cabo BBC World, ainda que em versão mais curta e logo mais desconexa. Como tal, deixo-vos cinco links para vídeos sugestivos do que é o Top Gear.

Jeremy Clarkson conduz o carro mais pequeno do mundo. 
Richard Hammond conduz o melhor carro de todo-o-terreno do mundo.
James May e Richard Hammond conduzem os maiores carros telecomandados do mundo.
James May conduz o carro de produção mais rápido do mundo.
Jeremy Clarkson testa um carro para toda a família...

Para verem mais vídeos ou as reportagens mais longas façam favor de se dirigirem ao serviço online de vídeos mais perto da vossa área. Ou então procurem pelos episódios completos nas localizações por demais conhecidas.
29
Jan08

A luta Continua!

Pedro Martins
Muito se falou do sucesso de vendas do álbum dos Radiohead online, onde era dado ao comprador a opção de escolher o preço que este achasse mais adequado- sendo que  poderia ser “levantado” gratuitamente. Foi de facto um sucesso tremendo, quer monetariamente como pelo impacto que provocou na industria musical, ameaçando seriamente o papel das produtoras. Um primeiro passo bem sucedido, é certo, mas longe de ser um caminho a ser seguido, pelo menos nos próximos tempos.

Defendo, por um lado, que uma banda deva ter nos concertos a sua principal fonte de rendimento, tendo nos álbuns apenas mais uma forma de propaganda, que pode ser rentável - os Radiohead lucraram 6 milhões de dólares no primeiro dia de vendas online.

Defendo ainda a publicação online de álbuns , numa tentativa de redução dos seus preços – se pensarmos bem os principais custos de um CD estão na sua produção e distribuição pelo que na venda online esses custos seriam mínimos – algo que não acontecem nas lojas mais populares, como o itunes , onde um álbum completo custa em média 10 euros, que é pouco menos que o preço  de um álbum físico – importa lembrar que a música do itunes não é livre, ou seja, está protegida e além disso vem num formato comprimido. Não quero com isto dizer que seja a favor da total extinção da música como objecto (o cd, a capa, etc.), as duas soluções devem coexistir, a preços distintos numa tentativa de chegar a vários públicos, com diferentes capacidades monetárias.

É claro que todo este processo vai ser lento e que o passo dos Radiohead foi uma pequena gota num oceano – é preciso ser os Radiohead para se fazer o que eles fizeram e ser, ao mesmo tempo, bem sucedido. Prova disso é a tentativa, frustrada, dos Dirty Pretty Things de lançarem o seu segundo álbum nos mesmo moldes:

I wanted to give the album away on the internet like Radiohead did,” he said . “I saw what they did and said , ‘Oh, that ’s great , let’s do that too,’. But Alan told me straight off that it wasn’t going to occur . Ah, well .” Entrevista de Carl Barat ao NME (ver entrevista aqui)

Muitos estarão, certamente, no mesmo lugar, mas o importante é não desistir, para dar seguimento a esta luta, que ainda está no início, para o bem da música- não da industria!
28
Jan08

la rue aux dimensions idéales

Bruno Nunes
Nunca é de mais elogiar a rapaziada que trata da programação da rtp2, especialmente no que toca à escolha de filmes para passar nas noites de sábado. Em pouco mais de quatro/cinco horas noite dentro dão uma lição aos restantes três canais quando se fala de qualidade.
Um bom exemplo dessa excelência teve lugar no passado sábado, com a Sessão Dupla - De Tanto Bater o Meu Coração Parou e A Insustentável Leveza do Ser. Deixemos de parte a adaptação do romance do Kundera, porque o que nos interessa é o filme francês.
Realizado por Jacques Audiard, De battre mon coeur s'est arrêté foi um dos filmes de 2005, ensaio magnífico sobre as indefinições na formação da identidade pessoal, a perseverança e uma pitada de desilusão à mistura.
Coube a Roman Duris, tipo com aquele ar de "francês dos sete costados" (ou será um ar europeísta?)  criar e dominar o temperamento, os impulsos, a fragilidade e a fortaleza de Thomas Seyr, criatura volátil, oportunista e oportuna, tentada a perseguir o sonho do piano contra o seu mundo.
Duris é um tipo com boa pinta, daqueles com quem engraçamos facilmente. Descobri-o em L'Auberge Espagnole, película panfletária dessa babel que é o programa Erasmus, seguindo-se em 2005, mesmo ano de produção de De Tanto Bater o Meu Coração Parou, Les Poupées Russes, mostrando o crescimento e a evolução das vidas do jovem Xavier, assim se chama a personagem de Duris, e do resto da juventude erásmica. Chegamos então ao propósito deste post.
As Bonecas Russas foi criado, parece-me a mim, com o simples propósito de mostrar ao mundo para que servem os planos em slow motion. Habituados que estamos a que este tipo de plano seja desperdiçado em utilizações inúteis, Cédric Klapisch vem-nos relembrar o que meio mundo havia esquecido depois do cancelamento da série Marés Vivas. A beleza da câmara lenta.

27
Jan08

Geração Queen

Pedro Martins
Decorria o ano de 1994, tinha eu 9 anos, quando ouvi pela primeira vez falar de uma banda, de origem inglesa, denominada de Queen , numa altura em que nem sequer sabia o significado da palavra queen ". Influenciado pelos gostos musicas do meu pai, "senhor conhecedor" de música dos anos 70 e inícios dos anos 80 – desde ai perdeu-se – senti, ao ouvi-los, por um lado a criação de mais um elo à relação paterna existente como também algo de especial, soava bem! Isto tudo sem nunca saber a origem da banda nem mesmo da morte precoce do seu vocalista 3 anos antes. O bicho cresceu. É certo que na altura ouvia porque sim! Aliás era assim com toda a música em geral, se entrava bem no ouvido eu comprava/ouvia.

Fui cultivando o gosto, principalmente através de greatest hits   que me vinham parar às mãos, numa época em que ouvia de uma geração mais velha estórias , quase que mitológicas, sobre o F . Mercury e restante banda, fruto de uma sociedade segregadora e homofóbica, que tentava assim convencer os mais novos dos malefícios que existia em ouvir tais músicas. Nunca liguei como é óbvio, e não fui o único, aguentei-me pela música.

Lembro-me de "saber" as letras completas de algumas músicas quando ainda aprendia na escola a conjugar o verbo "to be " e de ter especial predilecção pela música "Bicycle Race "  – acho que naquela idade fazia sentido.


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Brian May no concerto no estádio do Restelo

Assim cresci, ouvindo sempre outras coisas mas mantendo este culto especial pela banda. Foi esse culto que me levou há cerca de dois anos ao Restelo ver uma "espécie de Queen " acompanhado por um esforçado Paul Roger . Apesar da ausência óbvia do mito – Freddy Mercury – tinha a esperança de viver ali uma noite especial e acreditava que parte do Freddy estaria ali naquela noite – eu que não sou muito dado a esse tipo de crenças  mas o momento assim o obrigava. Acreditei e a verdade é que houve magia, não na quantidade desejada é certo, mas houve a suficiente. Impressionou-me principalmente as diferentes gerações que lá estavam, cantando verso após verso, uns mais histéricos que outros, mas dando, apesar da meia casa, um belíssimo espectáculo.

Encerrei naquela noite um ciclo de amadurecimento pessoal,  o final da adolescência – tinha eu 19 anos, 10 anos depois de os ter ouvido pela primeira vez – mas a música essa continuará sempre presente na minha aparelhagem.
26
Jan08

Querido Che na Fundação Pedro Ruivo (18€ era o bilhete mais barato - um roubo)

Pedro Guerreiro
Adverte-se: No Zurraria não se faz crítica de teatro, nem de artes performativas, mas também não nos compadecemos com Musicais.

O musical é Querido Che, peça da Sola do Sapato, encenada por Almeno Gonçalves e que conta com um bom elenco, composto por Alexandre Ferreira, Hugo Sequeira, João Maria Pinto, João Miguel Mota, Manuel Lourenço, Maria Walbeehm, Orlando Costa, Patrícia Pinheiro e Sofia Dias. Coreografias de Marco de Camillis, canções originais do Hugo Novo, tal como o texto que, original de Abel Neves, mistura ficção e história, ou direi, estória, porque esta só é fiável a espaços.
O texto é algo inconsistente, precisamente por tentar fazer da peça o misto entre peça biográfica e ficção. Às tantas andamos enredados na ficção do Ernesto Guevara, sendo ele seduzido por uma jeitosa rapariga ao que ele responde, à laia de historicismo bacoco, alarvidades como "Eu tenho um ideal! Esse ideal é mais importante que cada um de nós" e derivados.
Esta fusão repentina redunda em desconexões por demais evidentes. A minha cabeça andava a velocidade alucinante: Amor, Revolução, Amor, Revolução, Amor, Revolução, Amor, Revolução e por aí diante.
Há personagens pouco mais que inúteis. Uma das personagens - a pretendente de Ernesto Guevara - existe para que Che lhe diga: "A minha paixão é a Revolução!", uma frase tão cliché que, segundos antes dele a concluir, ouvi, na plateia, várias vozes a segredar a frase, talvez convencidas de que iriam informar alguém. Aparte estas questões e o facto dos actores serem, na sua quase totalidade - com honrosas excepções - maus cantores, Querido Che é uma boa peça.
Entretida, e que até dá para rir.
Quem lá vai à procura da Revolução, vai mal. Quem lá vai à procura de outra coisa qualquer também vai mal. Quem vai à procura de uma peça que, por acaso até é musical, até vai bem
25
Jan08

Expiação

Pedro Martins
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Havia a expectativa em redor deste filme, após o sucesso de “Orgulho e Preconceito”, pela repetição da equipa que havia realizado e produzido o filme e para avaliar a contínua evolução de Keira Knightley , expectativa esta que no meu caso era inexistente dado não ter visto o filme em questão.

Ora não sei se bom, ou mau, certo é que houve algo de fascinante e especial em Expiação ” que, confesso, não esperava encontrar. Um filme muito bem construído quer em termos de argumento, inspirado no romance de Ian McEwan, como a direcção de fotografia, pelos cenários fantásticos terminando na composição musical do filme que imprime ritmo e sentimento ao filme. De destacar ainda - mais do que a boa interpretação de Keira Knightley que está, de facto, feita numa “senhora actriz” - a interpretação do escocês James McAvoy, que esteve muito bem, depois de, no ano passado ter entrado no “Último Rei da Escócia”, onde foi totalmente ofuscado pelo brilho de Forest Whitaker, veio confirmar ser de facto um actor a ter em conta.

Apesar de se tratar de um drama, sem grandes efeitos especiais e momentos de acção,  "Expiação” merece, sem sombra para dúvidas, a visita a uma sala de cinema pela experiência que oferece, dificilmente vivida em casa no conforto do sofá (a não ser que tenham um bruto home High-definition cinema em casa, então aí peço desculpa por este parágrafo). Digo isto porque existe, por vezes, a ideia de que o cinema apenas “melhora” a visualização dos chamados filmes "pipoqueiros”. Errado! E "Expiação” é prova disso, pela conjugação, quase poética, dos cenários , ora bélicos ora campestres, com a banda sonora, acompanhadas dos "clac clac's" de máquinas de escrever.

Tal como diz o mestre, o cinema vale pela experiência!
 
24
Jan08

net tape 4theKids - a promover o hardcore desde 2006

Bruno Nunes
Tenham calma rapaziada que a parte hardcore diz respeito a música, nada de promiscuidades. Trata-se então de uma iniciativa criada pelo pessoal do blogue 4TheKids, destinada a celebrar a música portuguesa enquanto forma de punk-hardcore e também a comemoração de um ano de actividade do blogue.
Gostando-se ou não de hardcore a verdade é que as boas ideias nunca devem ser ignoradas, daí que o Zurraria (pelo menos a minha pessoa) se associe ao lançamento desta net tape, parabenizando o blogue e respectivos membros pelo seu papel na divulgação da música feita em Portugal.


Com apenas um ano de existência o blog 4TheKids tornou-se num ponto de passagem obrigatória para todos os fãs da música hardcore em Portugal. De modo a celebrar esse aniversário a equipa do 4TheKids propôs-se um objectivo: lançar de forma gratuita na Internet uma net tape com 12 temas de 12 bandas nacionais, um tema por cada mês de vida do 4TheKids.

Esse projecto acaba de se concretizar agora e tu podes ter acesso a ele através do site http://www.4thekids-net-tape.pt.vu

Apoia o Hardcore Nacional. Faz download e espalha o link pelos teus amigos!

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