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Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

29
Jun07

o último capítulo

Bruno Nunes
Numa ida à FNAC, mais uma bela surpresa.
Não demorou muito, tendo em conta a "data de estreia" em Portugal, mas já está à venda o dvd do último filme de Darren Aronofsky.
Ainda é um pouco caro para o meu bolso. Custa cerca de 20€. Ficamos à espera de um abatimento no preço, coisa sempre louvável.
Não sei se será exclusivo da loja francesa, mas também pouco importa. Gosto da exclusividade que está associada ao filme. Considerado por uns como uma obra prima, onde me incluo, e por outros um projecto megalómano falhado. Muitos acusaram Aronofksy de não ter unhas para tocar esta guitarra, mas não podia estar mais longe da verdade.
The Fountain é uma ode ao amor intemporal. Uns compreenderam-no ao ver o filme, outros não, como tudo na vida.
28
Jun07

amor à camisola

Bruno Nunes
Giovanni Trapattoni afirmou que gostava de morrer no banco, durante um jogo.
Desejo estranho, mórbido mesmo, para quem não gosta de trabalhar, e somos muitos nesta categoria. Faz-nos parecer preguiçosos, dá-nos má imagem, a nós, aos jovens que deveriam ter esta atitude de liberdade e divertimento para com a vida.
Um exemplo na dedicação ao grande amor da sua vida, Trap não se vê na reforma, apesar de constar no seu bilhete de identidade a data 17 de Março de 1939 como dia do nascimento.
Aos 68 anos a velha raposa comandou equipas em Itália, Portugal, Alemanha e agora Áustria, onde se sagrou novamente campeão.
Não me parece que Trap saiba ou queira fazer qualquer outro oficio. Não quer a reforma, não sabe estar parado. Não quer estar parado.
Como Trapattoni tantos outros por este Portugal e Mundo. Ainda que muitos se contentem com a geralmente pequena reforma, outros não conseguem parar de trabalhar. Diz o ditado e muito bem que parar é morrer. Certas vezes acontece, o ditado do povo concretiza-se.
Quando acaba a ligação à segurança do trabalho, da rotina, daquilo que se sabe fazer e se fez ao longo de tantos anos algo desaparece dentro das pessoas. São muitas vezes relegadas para um mundo de solidão interior, de vazio, que os acompanhará até ao último dia.
Sabe bem ler e ouvir as palavras de Trapattoni. Conheço pessoas assim.
Cá por casa tenho um caso. Ligeiramente mais velho que o senhor italiano, mas não menos hábil, perspicaz e persistente naquilo que faz. É um exemplo. São um exemplo.
Não sei se tenho ou se muitos terão a mesma força de vontade de Trapattoni, ou mesmo se compreenderão as suas palavras.
Eu compreendo, não garanto é os mesmos resultados e opiniões quando chegar à idade deste signori com a tal estrelinha vencedora.
28
Jun07

1º dia de FestivalMed 07

Pedro Guerreiro
Aberto mais um - a 4ª edição - Festival Med.
Neste primeiro dia, 27 de Julho, os Jazz Ta Parta abriram-me o evento, num dos muitos palcos dispostos pela zona histórica da cidade de Loulé. Bom ambiente, comes, bebes, mais bebes que comes, a música boa e uns velhos (ainda sou jovem) conhecidos.
Jazz Ta Parta, banda farense de jazz, com flauta, sax, baixo e piano e bateria constituem a aura jazzística do Festival Mediterrâneo. A ver, todos os inícios de noite até ao fim do Festival, no Palco da Bica!
Findo o tempo do jazz, incursão até outro palco, - o do Castelo -, para ver os In Canto. Esta banda é encabeçada por Luísa Amaro, que é nada mais nada menos que a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, que não obstante a aparente feminilidade (semântica, digo) do instrumento, é herança tradicional de homens; (diz quem?). A refinada guitarra portuguesa de Luísa Amaro funde-se com outros sons, desde a guitarra clássica, clarinete ou até percussão. À sonoridade de influência marcadamente oriental, acrescente-se uma bailarina que coreografa com dança oriental as sonoridades.
De Aynur, a rapariga turca, não posso dizer grande coisa. Os espectáculos coincidem. Pareceu-me uma boa sucessora da excelente Souad Massi, do ano transacto. Pouco mais terei a dizer.
Al Driça: A banda do amigo grande Manso no baixo. Uma agradável surpresa, apesar de já os ter visto em edições anteriores deste mesmo festival. Sonoridades diversas, mediterrânicas, orientais, e até tradicionais portuguesas, plenas de singularidade, boa disposição e festa. Agarrou-me e aos muitos presentes. Terminaram o espectáculo em grande festa com uma deambulação por meio do público à boa maneira das orquestras de rua de origens balcânicas.
Sara Tavares: Digo à partida que sou fã. Não da música, antes do espírito, desta menina que do Chuva de Estrelas, redescobriu as suas origens. Ela que também tem, curiosamente, origens no Algarve, deu um excelente concerto, bem ao seu estilo, chegando a ser intimista, mas proporcionando ao mesmo tempo ambiente de festa e boas vibrações. A mestiçagem, neste fim de noite de Med.
27
Jun07

Zurras FM

Bruno Nunes
Depois de algum tempo afastados da Zurras FM voltamos com a força toda. Não trazemos nada de muito comercial nem nenhuma memória do passado. Para esta Zurras FM trazemos Gogol Bordello, banda de Gypsy Punk formada em Nova Iorque por europeus de leste.
Tipos com ritmo, não hesitam em usar instrumentos musicais típicos daquela zona, como o acordeão e o violino misturados com guitarras eléctricas, baterias e baixos, construindo o tal Gypsy Punk.
Destes países de leste o primeiro nome que costuma surgir na mente das pessoas é Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra. Ora comparados com Gogol Bordello, o Kusturica e a sua banda são uns meninos do coro que levam porrada de toda a gente.
Diz-se que dão um grande espectáculo em palco, porventura ao jeito dos portugueses Blasted Mechanism, já que por vezes parece haver alguma ligação entre as duas sonoridades.
Eugene Hütz, frontman dos Gogol é DJ em Nova Iorque e é dono de um dos bigodes mais porreiros do mundo do espectáculo, o que só por si lhe garante um sucesso imediato, visto que o bigode é uma espécie em vias de extinção.
Os Gogol Bordello vão lançar um álbum novo no dia 12 de Julho, mas para esta Zurras FM fomos buscar ao registo anterior (Gypsy Punks: Underdog World Strike), a música de entrada.
Os Gogol Bordello, na Zurras FM, com "Sally".

PS: já sabem como funciona. Agora com novo formato, na barra lateral, é só clicar no play e ouvir.
26
Jun07

Abertura do Museu Colecção Berardo

Pedro Guerreiro
Enquanto Joe Berardo vai alardeando em todas as frentes, o Museu Colecção Berardo abriu ontem. Entretanto, mais um imbróglio. Na abertura do MCB, as bandeiras do Museu Colecção Berardo não foram hasteadas ao lado das do CCB, por indicação de António Mega Ferreira, presidente do CCB. Joe Berardo ficou indignado e deverá ter pedido a demissão de Mega Ferreira.
O Museu Colecção Berardo abre assim as hostilidades, no sentido mais estrito da palavra.
Depois de Isabel Pires de Lima e José Sócrates cantarolarem os benefícios do MCB para o país, pensam-se as contigências depois da obra feita. A partir deste momento, - e António Mega Ferreira percebeu-o e lidou mal com isso, - o Centro Cultural de Belém deixa de existir. O CCB é agora o MCB. E nada mais. Desencaixotou-se a colecção Berardo. Encaixotaram-se as outras.
E Berardo urge em ser - mal - falado. Continua o périplo.
26
Jun07

fuck shrek, I got the blues

Bruno Nunes
Fim de semana eremita. Não se sai de casa, apesar do calor convidar a uma ou outra ida à praia. Recusam-se convites para ir aqui ou ali, simplesmente porque sim, nada de maldade ou contragosto. Acorda-se tarde e deita-se tarde, contas simples, 1+1=2. Pouco se faz senão ouvir música e ver filmes.
Um fim de semana à algarvio, diria certa pessoa.
Dos filmes vistos destacam-se quatro: This Film is Not Yet Rated, Kiss Kiss Bang Bang, Black Snake Moan e Half Nelson.
O primeiro anuncia-se como um mockumentary, talvez querendo suavizar a seriedade do tema. Analisa e tenta explicar o sistema de classificação dos filmes nos Estados Unidos, apresentando uma imagem negra, de uma instituição dominada pela obscuridade e secretismo, extremamente influenciável pelos poderes dominantes e com pretensões de influenciar e ditar a lei no cinema existente naquele país. Ao fim e ao cabo não passa de mais uma entidade expoente do capitalismo americano tão odiado por esse mundo fora, usando a capa de defensora da moral e bons costumes para cobrir o sucesso ou o domínio financeiro.
Não vi Kiss Kiss Banf Bang quando estreou em 2005, apesar das boas críticas. Vi-o agora e fiquei satisfeito. Shane Black não teve pudor em "parodiar" um género que ajudou a consolidar. O parodiar está entre aspas para não haver confusões com certos filmes que ao parodiar acabam por denegrir o género.
Em Kiss Kiss Bang Bang a coisa actua mais como um reconhecimento, com Robert Downey Jr. a ser o narrador de serviço. Tipo nervoso, muito pouco descontraído, não é aquilo que se espera de um narrador. Depois de ver o filme ainda fiquei a apreciar mais as capacidades de Downey Jr., veremos como se porta em Ironman. Não duvido que se o filme falhar não será por culpa dele. Ah, já agora, depois de ter visto este filme fiquei fã da sra Michelle Monaghan, por outros motivos.
Seguiu-se Half Nelson que também não havia visto. Vale sobretudo por duas coisas: a interpretação de Ryan Gosling e a acuidade dos temas tratados. Ao mesmo tempo que acompanhamos a vida do professor (Gosling) viciado em crack é-nos proposta um olhar sobre vários momentos da história social norte-americana que definiram a sociedade deste país e a sua influência no mundo, desde as manifestações pelos direitos civis, o fim da segregação racial até à deposição do governo de Allende no Chile e a colocação de Pinochet no poder sob a alçada americana.
Half Nelson trata a dualidade existente na América e, se quisermos, no mundo Ocidental. O bem e o mal, a literacia e a ignorância, a pressão constante e os escapes que se apresentam tão fáceis e ao alcance de todos. Mostra-nos também a inevitabilidade de certos acontecimentos, certas vidas e o rumo que estas seguem, sem conseguir fugir ao ambiente em que estão inseridas.
O último filme que vi foi Black Snake Moan. Ainda não estreou cá, nem sei se tem data de estreia. Toda a imagética que gira em torno do filme faz-nos crer que se trata de um filme da série B, da BlackExploitation que teve o seu auge nas décadas de 70 e 80.
Em traços largos, a narrativa do filme centra-se em Lazarus, antigo bluesman interpretado por Samul L. Jackson e em Rae, uma ninfomaníaca interpretada por Christina Riccie. Depois de ser abandonado pela mulher Lazarus encontra Rae inconsciente no meio da estrada e propõe-se a "tirar o diabo" no corpo desta jovem, acorrentando-a, como meio de a impedir de sair de casa, quanto mais manter qualquer relação sexual.
Os mais críticos dirão que se trata de um filme que explora a condição da mulher, fazendo-a parecer fraca face à força moral deste homem. Não podia estar mais longe da verdade. As falhas estão lá, em ambos os lado. A raiva, a solidão e a fraqueza estão presentes em todos, mas não foi por isso que o filme me chamou a atenção.
Os blues são a força motriz do filme, os blues do delta do Mississipi, das relações falhadas entre homem e mulher, dos corações destroçados, da desilusão, da pobreza, das falhas do Homem.
Black Snake Moan é o nome de uma música de blues gravada em 1927 por Blind Lemom Jefferson, daí a ligação bluesiana. Samuel L. Jackson toca pelo menos quatro exemplares deste estilo musical ao longo do filme de forma exemplar, tendo aprendido a tocar para o efeito.
Feita a transição da guitarra acústica para a eléctrica as coisas mudam. A rudeza das canções, o ambiente circundante, a tudo isto a electricidade empresta outra dimensão. No fundo os blues são a constante catarse do homem face às dores do dia a dia, das falhas e imperfeições que nascem connosco.
Black Snake Moan não é perfeito, mas, tal como os blues serve para contar uma história, e isso fá-lo muito bem. Com umas das melhores performances de Jackson nos últimos anos depois do desvario das motherfucking snakes, vale a pena ver. Algures, por aí, numa data a definir.
24
Jun07

Prá Sábado, Rui Zink fala de Sexo, Felicidade e Dinheiro

Pedro Guerreiro
A Sábado vem oferecendo, na sua publicação semanal, livros de escritores portugueses, de entre os mais consagrados da Gloriosa Nação - olha o sacana nacionalista!
De edição Quasi, conjunta com a Sábado, saiu, aqui há três semanas "Luto pela Felicidade dos Portugueses - Crónicas Benditas", de Rui Zink, uma compilação de crónicas publicadas na revista SOS Saúde (?), entre 2000 e 2005.
Estas crónicas, destapemos o epíteto, serão mais, em verdade, ensaios, em que Rui Zink não deixa de usar os seus grandes recursos, estílisticos, literários, da ironia ao humor, passando por... vá, um descaramento do tamanho do Mundo. Rui Zink não é desses escrevinhadores (cronistas) (escritores) enlatados, e será precisamente por isso - com pena nossa - que não passa pela grande imprensa nacional.
A sua prosa é tão singular quanto as suas opiniões. Prosa de diálogo com ares de monólogo, Rui Zink discorre sobre os portugueses, a felicidade, o sexo, dissociando estes últimos conceitos com grande facilidade. Associa o sexo a infelicidade - e não o inverso -, apresenta-se como um frustrado sexual, assume que a única prática sexual que pode conduzir à felicidade é a masturbação e nos entretantos vai somando punch lines atrás de punch lines. Com figuras públicas, grande parte da vezes, consigo próprio, outras tantas:
"Não sou tão bonito como o Pierce Brosnan, tão dotado como um actor do canal 18, tão sensual como um bailarino do Ballet Gulbenkian, tão charmoso como Eduardo Prado Coelho, nem tão ágil intelectualmente como Marcelo Rebelo de Sousa. Que me resta, então, senão o suicídio? Hem"
Mas não se fica por aqui. Referencia às tantas, Maria Filomena Mónica como mulher de sonho - é a minha, certamente -, ou o Prof. Doutor Marco Paulo, que consubstanciou a sua teoria de que os dois amores podem perfeitamente co-existir sem que seja seguro que se goste mais de um ou outro.
Rui Zink é dos escritores mais (des)agradáveis da literatura portuguesa.
Seguirá (?) a linha mordaz de Luiz Pacheco e outros escrevinhadores do mal-dizer, (do bom sentido), do denunciador de "certas e determinadas coisas" - precisamente isto - e do humor fino na literatura. Não se encontra facilmente, humor na literatura.
Rui Zink (também) é isso. E uma insubmissão permanente. E a pena fluída, caramba, sacana do Zink.
Arrefinfa-lhe. Saudades da Má Língua.
23
Jun07

En France

Pedro Guerreiro
Por terras gaulesas, o petit Nicolas [Sarkozy] continua com as campanhas populistas que se adivinhavam. Por meios singulares, buscando personalidades às esquerdas e às minorias étnicas para compôr o seu governo. Não dá ares de benfeitor como de populistazinho oportunista. A seu tempo.
No flanco oposto, o PSF cheira a pólvora. Ségolène Royal anunciou à Imprensa a separação de François Holland, por uma relação extra-conjugal do ex-parceiro. De referir que o caso de Holland havia sido denunciado na imprensa na altura das presidenciais francesas, com Ségolène a desmentir categoricamente, dando o casal até mostras de afecto publicamente, - curiosa situação que lembra até Sarkozy, que aparenta ser devoto à esposa e dia sim dia sim envia tiradas românticas dedicadas à sua cara-metade (dão vómitos) para os jornais franceses.
Hilariante parece ser a situação actual no seio do Partido. Aparentemente, em 2008 Ségolène será candidata à presidência do Partido, ano em que Holland termina funções, mas tendo já anunciado que se vai recandidatar. Ségolène opta por, agora, denegrir a imagem do ex-marido. Holland tenta manter a imagem de homem íntegro.
Infrutiferamente.
As tricas políticas enojam-me, mas a cara sádica de Sarkozy faz-me suspirar pela sex bomb do PSF!
20
Jun07

Radiohead

David Fernandes
Ed O’Brian, guitarrista dos britânicos Radiohead, anunciou no site oficial da banda que o novo álbum deverá chegar a público no próximo Outono.

Este será o oitavo trabalho da banda (se não contarmos com as edições especiais para certos países) que se estreou em 1991 com o lançamento do EP Creep, que ainda hoje é o mais reconhecido tema da banda.

Não sendo fã incondicional da banda – mas também não o sou de nenhuma – confesso que anseio por este álbum como uma criança pelo Natal. Partilho da opinião que OK Computer (1997) é um dos melhores discos de sempre e que contém uma das maiores músicas rock alguma vez escrita. Paranoid Android é um hino à música simplesmente genial, com as guitarras fortes, os sintetizadores discretos, a guitarra acústica a dar consistência e a voz de Thom Yorke a oscilar entre o angélico e o esquizofrénico.

Após este trabalho, os rapazes de Oxford dedicaram-se a um som mais electrónico que atinge a apoteose em The Eraser, o primeiro trabalho a solo de Yorke. O próprio confessa que gravou este disco em nome próprio por não se adequar ao estilo da banda.

Toda a minha ansiedade reside na total ignorância do que será este novo disco, ainda sem nome oficial. Sinceramente, e muito pessoalmente, acredito que um regresso às origens, às sonoridades de OK Computer e The Bends, elevaria os Radiohead a um patamar superior, ao mesmo patamar onde encontramos bandas como Pink Floyd ou Led Zeppelin.

Só me resta esperar até ao Outono, ou então, até que algum malfeitor disponibilize o álbum num desses sítios obscuros da Internet.

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