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Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

Zurraria - Dizem-me que aqui se escrevem coisas...

26
Abr07

Cristiano Ronaldo - o melhor de alguma coisa, ainda não se sabe bem o quê

Pedro Guerreiro

Aos que me fadam grandes males:
Que sim, que eu não gosto do Cristiano Ronaldo, o melhor do Mundo (e da Inglaterra) e que eu, por não o achar, devo ser linchado, re-patriado, torturado (quase) até à morte, fazer amor com a Odete Santos e outras coisas que tais.
Esclareço:
Eu gosto do Cristiano Ronaldo. Adoro Futebol, e só por isso, não há no planeta jogador que me entusiasme mais do que o Cristiano Ronaldo. Não há muitos jogadores que, de bola no pé, nos façam sonhar e chegar a outra dimensão: Ronaldinho Gaúcho, Messi, Cristiano Ronaldo, Kaká, os bons tempos de Denilson, Djalminha, o nosso Figo, o nosso Futre, o Garrincha (outros tempos) e outros num lote que nem por isso é muito extenso.
O Cristiano Ronaldo mete o futebol nos píncaros do espectáculo. É um jogador de talento superior e dotes físicos fora do normal, esta época tem estando em grande nível e a revelar-se um dos melhores jogadores do mundo. Não o melhor, - um dos melhores.
"E não o melhor porquê?". Porque eu sou apreciador de jogadores completos.
Dirão: Mais do que o Cristiano? Certo. Fisica e tecnicamente, nenhum jogador consegue competir com Cristiano Ronaldo. Tecnicamente é capaz de fazer tudo o que outro jogador faz (e muito mais) e compete em termos de velocidade e força física com os mais dotados nessas áreas.
Em termos de jogo, inteligência táctica, falta-lhe muito.
O passado jogo com o Milan foi disso exemplo. Não defendendo, é capaz de driblar pela linha 50 metros com a bola em velocidade sem ninguém na área nem esperando por qualquer tipo de apoio. Só corre com bola nos pés, não solicitando desmarcações nem diagonais.
É um jogador que pela sua qualidade, tem (obrigatoriamente) de criar perigo cada vez que toca na bola. Actualmente, entusiasma, mas cria perigo em apenas 1/4 das jogadas em que participa e desperdiça outras tantas eminentes que poderiam dar golo mas de tanto ímpeto...
Não me interpretem mal. Não há outro jogador no mundo que mais gozo me dê ver jogar mas, nesta altura, não é ainda o melhor jogador do mundo. Está no lote, mas... a inteligência também joga e também é, a seu espaço, espectacular.
Mas é bem capaz que, em pouco tempo, desenvolva essas pechas.
E se já agora o considero dos melhores...
Mas entretanto, amigos, não há razão para tanto alarido. Se for realmente o melhor jogador do Mundo, escusam-se os títulos de jornal a anunciá-lo diariamente com opiniões de Ferguson, "A", "B" e "C". Tornar-se-á consensual pela qualidade patenteada e não por insistência dos Media.


26
Abr07

13 anos da Antena 3

Bruno Nunes
A Antena 3 faz 13 anos hoje. Parabéns à Antena 3 aqui do Zurraria.
Aqui no Zurras somos todos ouvintes da 3 diariamente, para o bem e para o mal. Cada um com os seus gostos, cada um a apreciar a 3 à sua maneira.
Na parte que me toca, e já que sou eu a escrever este post, tenho que dizer que comecei a ouvir esta rádio por falta de mais opções. Confesso que a primeira rádio que me atraiu foi a Rádio Comercial, nos seus tempos de rádio rock, em que ainda tinha alguma qualidade nos conteúdos e na playlist. Tinha o mestre Alvim nas emissões e o Markl a morder o cão, melhores argumentos que isto desconheço.
Acontece que as coisas mudam, e a Comercial não foi excepção, no caso, para pior, muito pior. Saiu o Alvim e acabou o cão para entrar a música para a malta de meia idade, não só física, como mental.
Começou aí a minha Antena 3, pelo menos a sério.
Boa música, música nova, e espantem-se, nova boa música portuguesa! Coisa rara no FM português.
Tenho a 3 em conta como o palco de lançamento da nova música que se faz no nosso país, substituindo o Júlio Isidro nessa bela mas difícil tarefa. Para além disso é uma rádio com muito e bom pessoal a fazer as emissões, com raras excepções. Já não posso com a Ana Lamy, mas pronto, se calhar sou só eu que estou farto.
Para compensar esta chaga estão lá o Alvim, o Estêvão, o Henrique Amaro e o Freitas, para não falar no Markl, na Linha Avançada do Zé Nunes e de alguns programas da madrugada e do fim de semana, onde o pessoal pode fugir à tirania da playlist e ouvir coisas diferentes.
Nota-se que a Antena 3 está a crescer com o seu público, tal como temos discutido nas aulas de Rádio, acabando por não conseguir fugir a esse fenómeno das rádios de música, esperemos que cresça com uma boa banda sonora a acompanhar.
Ainda assim é louvável o esforço da 3 na divulgação da música que se faz neste cantinho da Europa, lutando contra o conformismo que as outras rádios aparentam ter ganho com o passar do tempo. Verdadeiro serviço público é na 3, por isso foi com estranheza que soube que o provedor da rádio pública, José Nuno Martins criticou abertamente a 3 por considerar que esta não cumpre os ideais de serviço público. Estranho e revelador de alguma ignorância, digo eu. Parece-me que dedicar um dia inteiro unicamente à música portuguesa é um bom indicador de quem serve o seu público. Isto não é o mesmo que dizer que a música que passa na 3 é sempre da melhor qualidade, porque estaria a mentir descaradamente.
"Demasiado comercial" é o que dizem (e digo eu também muitas vezes) as pessoas quando são questionadas sobre o estado actual da playlist da 3. Demasiado r'nb e hip hop sem qualquer significado. Demasiada "fast-food" pop, daquela que é feita num minuto num qualquer estúdio de milhões de dólares e que ninguém se lembra passados 6 meses.
Esqueçamos todos esses dejectos musicais, porque amanhã a Antena 3 faz 13 anos.
Para comemorar, uma Quinta dos Portugueses muito especial, com treze bandas a tocar em directo para todo o Portugal. Bandas portuguesas, claro está. Começam às 9 horas da manhã e acabam às 9 da noite. Aqui fica o cartaz:

9h - Sam the Kid
10h - The Poppers
11h - OIOAI
12h - Freddy Locks
13h - Balla
14h - Fonzie
15h - More Than a Thousand
16h - Colectivo Footmovin'
17h - Micro Audio Waves
18h - Wraygunn
19h - Buraka Som Sistema
20h - Linda Martini
21h - Mundo Cão

Depois do festival vem a paródia. El Gran Alvim dirige uma Prova Oral que eu não vou perder de certeza. Diz que vai haver Gato Fedorento e Gimba, e para mim isso chega.
Depois do Dia da Liberdade, a 3 também faz a revolução com uma bela emissão sim senhora.
Não sei se já mencionei, mas a Antena 3 faz 13 anos hoje. Parabéns à Antena 3.
25
Abr07

25 de Abril

Pedro Guerreiro
Vinte Cinco de Abril de Mil Novecentos e Setenta e Quatro,
Os cravos
A Liberdade
A mulher que já é pessoa,
Cidadã, imagine-se,
As colónias que
deixaram de o ser,
o saber,
Portugal aberto ao Mundo,
o Mundo aberto a Portugal,
e, no fundo,
falta cumprir-se Abril,
que vale pouco e não se faz só
do cravo na lapela.
24
Abr07

Ségolène vs Sarkozy

Pedro Guerreiro
Após o que poderia vir a ser, em tempos, uma quase certeza, aquilo que foi, no passado domingo, um facto sofrido. Ségolène Royal conseguiu, não sem despique aguerrido com o concorrente do centro, Francis Bayrou, a passagem à segunda volta das eleições presidenciais em França. Seguiram para a segunda volta Nicolas Sarkozy (quase 30%) e Ségolène Royal (aproximadamente 25%).
Francis Bayrou foi o terceiro candidato, tendo obtido quase 19% e Jean-Marie Le Pen, desta feita, não chegou a assustar, não obstante uns significativos 11%. Os restantes candidatos, maioritariamente pertencentes à esquerda radical, correspondem a uma pouco expressiva percentagem.
Ao que nos interessa a nós, portugueses, europeus, (aparte as convicções partidárias e/ou ideológicas) Ségolène será a candidata que mais nos convirá, considerando a visão europeísta de Sarkozy, que defende uma Europa centrada nas grandes potências da UE, grupo da qual nós, queiramos ou não, não fazemos parte.
A lacuna apontada à candidata Ségolène é explícito, fundamentado e mais que isso, legítimo. É uma candidata com ideias não assumidas, tentando com isso ganhar algum eleitorado quer à esquerda do PS, ao centro e até à direita, como comprovou o cântico da Marselhesa. Mas, entre as ideias não assumidas e (talvez) a falta de uma estratégia delineada para a França de Ségolène e a demagogia e a estratégia explícita de políticas de direita chegadas ao nacionalismo de Sarkozy, possivelmente ficamo-nos pela candidata socialista.
Como disse alguém já, talvez dê bom fruto, à imagem da sensibilidade de Merkel na nova Alemanha.
A verdade é que, entre um político que não gosta de portugueses e uma mulher que gosta de homens...
24
Abr07

Zurras FM

João Carvalho
“Let’s swim to the moon,
Let’s climb through the tide
Penetrate the evenin’ that the
City sleeps to hide”

Foi assim, com poesia, que se formou uma das maiores e melhores bandas rock de sempre.
Jim Morrison recitava a Ray Manzarek o poema que mais tarde viria a ser uma das mais belas canções do grupo que em conjunto com John Densmore e Robby Krieger, e um pouco da inspiração de William Blake, viriam a chamar The Doors.
Corria já 1967 quando Jim Morrison e companhia lançam pela mão da editora Elektra o seu primeiro trabalho, criando ali mesmo parte do mito que envolve a banda desde então. O disco chama-se The Doors e com uma mistura insensata de sexo e violência com um sabor a blues, não cativou o público americano durante longos e penosos meses, até que “Light My Fire” foi completamente desprovida da sua essência e encurtada para pouco mais de dois minutos, exigências do AM, mas que ainda assim a tornaram num sucesso à escala nacional.
É também em The Doors que se encontra a música, extraordinária, que a Zurras FM vos deleita durante esta semana.
Verão de 1966 no Whisky A Go Go, bar onde actuavam há já alguns meses como banda residente, e eis que durante um concerto, diria mesmo banal, Manzarek, Densmore e Krieger ficaram boquiabertos com o que o génio de Jim Morrison foi capaz. Uma das mais suaves e tranquilas músicas da banda, The End, inspirou de tal forma Morrison, ajudada claro pelo álcool e pelas drogas, a colocar nela parte da Obra Clássica de Sófocles, O Rei Édipo, declamando como nunca “Father I want to kill you! Mother I want to fuck you!” em pleno palco.
Incompreendido o génio, os Doors foram despedidos e proibidos de voltar sequer a pisar o chão do Pub, mas para sempre fica a cabal afirmação da banda e o talento que encerrava para todo o mundo, e desde então, bem desde esse dia de Agosto no longínquo ano de 1966 até hoje é a história que conta por si só como tudo aconteceu.
Cerca de cinco anos depois, em Julho de 1971 Jim Morrison faleceu em Paris e a banda que ainda lançou dois outros discos após a morte do seu carismático líder terminou, mas o mito, esse subsiste e subsistirá para a eternidade.
The End na Zurras FM com The Doors em todo o seu esplendor e sem quaisquer censuras, porque essa palavra nunca fez parte da sua existência.
Se quiserem saber mais sobre esta mítica banda cliquem aqui e aqui
23
Abr07

Madness? This is Sparta!!!

Bruno Nunes
Para não variar, este post já vem com uns dias de atraso. Faz-se o que se pode, e a mais não somos obrigados, ou será que somos?
Isto para dizer que era suposto este ser um post de análise ao 300, filme de Zack Snyder baseado na obra gráfica de Frank Miller. Era suposto, mas acho que pouco mais existe para dizer de 300.
Visualmente irrepreensível, 300 é tudo o que prometia. Muito bem, talvez o argumento pudesse ter sido melhor trabalhado, tornando-se o final bastante previsível ao fim de 10 minutos de filme. Mas quem foi ver 300 não ia na expectativa de ver voltas e reviravoltas na narrativa, nem de perto nem de longe.
Aqueles que foram ver 300 sabiam muito bem o que iam ver. Afinal, um filme que tem o "povo" de Esparta como personagem colectiva nunca podia ser nada menos que um filme de guerra, neste caso com a Batalha das Termópilas como cenário.
Grande som a acompanhar as belas imagens nunca fizeram mal a nenhum filme, e 300 não é excepção. Extremamente estilizado quer no visual quer nos diálogos, tudo isso se expande durante as cenas de batalha, em que a influência da BD se sente de maneira mais visível e todos os elementos são amplificados até ao mais ínfimo pormenor.
Gerard Butler é um Leónidas que só pode ser qualificável como "do camandro", representando inteiramente os ideais Espartanos, tal como se pretende. Acho que isto fica provado nem que seja pelos míticos bitaites que o homem largou durante o filme e que já fazem parte da história do cinema, porque me parece que ninguém fica indiferente a um "Spartans! Ready your breakfast and eat hearty, for tonight we dine in hell!" ou "Spartans! Prepare for glory!" ou ainda a um "Madness? THIS IS SPARTA!".
Esqueçam os paralelismos entre os Espartanos contra os Persas e os Estados Unidos contra o Irão. Parvoíces de gente com muito tempo nas mãos, digo eu. 300 é entretenimento do mais puro que há. Há violência generalizada, sangue a pontapés, testosterona a voar no ecrã e ainda um bocadito de história ainda que modificada em pequenos pormenores.
No fundo é um filme literalmente brutal, não aconselhado à pequenada nem a malta com a mente fraquinha. Ouvistes Cho Seung-Hui? Este filme não é para ti rapaz.. pelo menos agora já não é de certeza.
Ah, só mais uma coisa. Para o pessoal pseudo-intelectual que louva o David Lynch pela sua genialidade e arrojo nos filmes, quero dizer que o Zack Snyder não lhe fica nada atrás.
Neste último filme de Lynch, Inland Empire, o senhor enfia malta vestida de coelho em três cenas diferentes, sem qualquer explicação aparente e que ele próprio se recusa a esclarecer. Para partir a cara a esse pessoal que venera o Lynch, o Zack Snyder mostra uma espécie de cabra a tocar guitarra. Toma lá e vai buscar ó Lynch!
23
Abr07

Obituário

David Fernandes
Boris Ieltsin faleceu hoje aos 76 anos. Ao que tudo indica terão sido problemas cardíacos a causa da morte.
Ieltsin foi o primeiro presidente da Rússia a ser eleito democraticamente e governou durante a transição do socialismo para o capitalismo, após a extinção da União Soviética.
22
Abr07

Em Loulé hoje é dia de Mãe Soberana e a Eva Mendes é tão...

Pedro Guerreiro
Este blogue vai entrar em modo "volto já" devido a um período de reclusão dos seus membros para estudo de matérias jurídicas; (risos) (choros) - riscar a que não interessa.
Entretanto...



Em França vamos (devemos) ter segunda volta, mas a Ségolène já não deve ganhar. Estamos tristes e, perante as evidências, a torcer pelo Jean-Marie Le Pen. Somos uns galhofeiros.

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